Eutanásia e Suicídio
É difícil para um doente assumir sua moléstia, sofrer, saber que dará trabalho e despesa à sua família, principalmente em se tratando de doentes crônicos ou terminais. Cremos que um ser humano escolhe seu destino quando regressa à Terra, não de uma forma cármica evolutiva, até por que não cremos em carma, muito menos em evolução pelo sofrimento. Este é um pensamento basicamente cristão e kardecista, que permeia nossas descendências no Brasil, a saber o Candomblé Ketu e a Umbanda, mas nós, da Tradição de Orisá (originalmente chamada Egbé Omo Awo - comunidade que professa o segredo - grupo dos filhos do segredo), religião matricial, não somos cristãos, católicos ou kardecistas, e não pensamos assim. Essa escolha de destino, portanto, é feita tomando-se por base as experiências que o ser humano leva de outras vidas. Pregamos que se viva bem, de forma correta para que se saiba escolher um bom destino quando se voltar à Terra. Nascimentos de crianças deficientes, albinas, com doenças congênitas, são creditados a Orisá Obatala, o que molda os homens e os coze num forno, dando-lhes "emi", o sopro criador. Todos os defeituosos a ele pertencem, são seus filhos do coração, devendo portanto ser olhados pela comunidade como especiais, e por ela cuidados de forma também especial, pois são pessoas com poderes espirituais diferentes dos demais. Não criticaremos ou puniremos mães que se decidam por não dar a luz bebes detectados como deficientes ou pessoas que decidam pôr fim à própria vida, por não suportarem doenças ou problemas. Mas esclareceremos a todos que não é o melhor caminho a seguir. Há sempre uma opção melhor dentro da vida que não seja a morte provocada.
Nos casos em que alguém só sobreviverá ligado a uma série de aparelhos, sem qualquer esperança de melhora, num coma profundo ou com seqüelas irreversíveis, deixamos a cargo da família, ou da comunidade, o caminho a seguir, sempre ouvindo Ifá primeiro. Mas a morte, como a vida, deve acontecer com honra e dignidade, o que é impossível para uma criatura cuja sobrevivência depende de tubos e fios, apenas um corpo inerte e sem consciência, com o objetivo de viver mais um dia, uma hora..
Não praticamos eutanásia, seja qual for o motivo, mas damos ao nosso devoto o direito de decidir sobre sua vida. Não condenamos o suicídio, porque cremos que um suicida foi uma pessoa desequilibrada emocional ou fisicamente, que precisa de rituais religiosos, de muita oração para que, quando novamente voltar ao mundo, possa escolher um melhor destino. Mas, nos velhos tempos, por doenças morais, e não físicas, uma tribo podia eliminar alguns de seus membros. Não se permitia o roubo e a desonra, e isso era resolvido pelo conselho de mais velhos da comunidade. Hoje estes assuntos se resolvem pela justiça. Nada mais então é motivo para que homens sejam mortos por homens, as não ser que a justiça de alguns países opte por esta forma de punição.
Nos casos em que alguém só sobreviverá ligado a uma série de aparelhos, sem qualquer esperança de melhora, num coma profundo ou com seqüelas irreversíveis, deixamos a cargo da família, ou da comunidade, o caminho a seguir, sempre ouvindo Ifá primeiro. Mas a morte, como a vida, deve acontecer com honra e dignidade, o que é impossível para uma criatura cuja sobrevivência depende de tubos e fios, apenas um corpo inerte e sem consciência, com o objetivo de viver mais um dia, uma hora..
Não praticamos eutanásia, seja qual for o motivo, mas damos ao nosso devoto o direito de decidir sobre sua vida. Não condenamos o suicídio, porque cremos que um suicida foi uma pessoa desequilibrada emocional ou fisicamente, que precisa de rituais religiosos, de muita oração para que, quando novamente voltar ao mundo, possa escolher um melhor destino. Mas, nos velhos tempos, por doenças morais, e não físicas, uma tribo podia eliminar alguns de seus membros. Não se permitia o roubo e a desonra, e isso era resolvido pelo conselho de mais velhos da comunidade. Hoje estes assuntos se resolvem pela justiça. Nada mais então é motivo para que homens sejam mortos por homens, as não ser que a justiça de alguns países opte por esta forma de punição.
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