Bom falar do congresso das tradições afro Brasileiro, realizado desde o dia 21, no município de Uberlândia/MG, pra mim perdeu o sentindo.
Fui atuante durante vários anos deste congresso, que foi planejado com muito carinho pelos finados, Mestre Capela, Dra. Helena Garcia , Mãe delfina, Bira de Oyá. Uma linda equipe se formou para tirar do papel tão grandioso evento. Dos idealizadores da epóca, apenas o Táta Ty Nkise Jose Clóvis Simão, " Pai Zezinho do Oxossí", é presença cativa e observador nato da obra que Eles trouxeram com carinho pra cá. Eu participei de mais de 7 congressos anuais, propús várias modificações que nunca foram analisadas direito. Mais deixar o congresso se tornar palco da proxíma eleição municipál, transformar Sacerdotes em Cabos eleitoriais, isso é absurdo.
Creio que o Congresso esta com um Pé do esquecimento, inumeros babás e iyás desta cidade sequer perdem o tempo em prestigiar um evento, que nunca tem objetivos definidos e cuja pauta que alimenta é somente fofoca e intrigas, sem contar com o parco recurso transferido pelo poder Pùblico. Temos o direito de ser respeitados e acho que tudo isso somente se conquista com a união de todos e uma forte parceria,com o poder público. Lamentamos o fato de ver espaços públicos se tornarem salas de fofocas e encontros daqueles que nada tem a fazer e que procura o Sacerdócio que lhes interessa por conveniência. Fiquei espantando ao Saber que numa Cidade, que se diz viver em Democracia, exista isolamentos por parte do poder público em relação a entidades legalmente constituidas e Sacerdotes conhecidos. Por isso não participei, não coaduno com as diretrizes impostas a força por alguns setores e não acho graça bater palmas para palhaços dançarem.